upa-pacima

...que a vida continua!

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Bem apanhada!

Bem.. Estava eu encostadinha ao corrimão no Largo do CARMO, quando, subitamente, me aparecem duas sujeitas (vindas sabe-se lá de onde), com ar meio perdido, e me perguntam "Olhe, sabe dizer-me onde fica o Largo Camões?". Eu, na minha inocência, respondo que não sou de Lisboa, mas tento dar a volta à questão dizendo que fica ao pé d'A Brasileira. Perdida de riso, eis que aparecem outros três sujeitos, com ar de gozo, e eu digo às sujeitas para lhes perguntarem onde fica o Largo Camões, porque de certeza que lhes sabem responder. "Olá eu sou a Patanisca..." e "Olá eu sou a Lufada...".


Choquei um ovo! :x

Sujeitas: Patanisca e Lufada
Sujeitos: Suski, Eliptico e Petala


Adorei o momento ! :D


Beijinhos pra todos !
Cor-de-burro-quando-foge
Primeiro no metro, depois na rua, passando pelos bares da noite e cheguei à triste constatação:
Somos um povo morno e isso reflecte-se na forma como nos apresentamos. De manhã, à excepção dos vizinhos franceses, da estudante alemã do Erasmus ou de um grupo de espanholas divertidas, os portugueses apresentam-se em tons de castanho, cinzento, cremezinho, azul cocó, bordeaux desmaiado.... A avaliar pela roupa podemos dizer que o português é light, sem cafeína, desmaiado, em suma, um pastel.
Nos transportes públicos o comportatamento corresponde ao traje. Não se fala, sussurra-se, condizendo assim com a vestimenta. Não se veste um castanho forte, opta-se por um castanhinho. Não se arrisca um amarelo ou um vermelho, fica-se por um verdinho esmeralda ou um cor-de-vinho-rosé.
Os homens vestem-se como habitantes da Europa de Leste antes da cortina de ferro. Cinzentos e sorumbáticos como se todos os tijolos do muro de Berlim lhes tivessem caído em cima.
As mulheres de meia-idade vestem-se como a rainha de inglaterra, de tailleurzinho discreto.
Os rapazes vestem-se como se vivessem na Mongólia e as lojas apenas vendessem mocassins e pullovers de lambswool com quatro cores. Castanhinho, verdinho, cinzentinho e bordeauzinho.
As raparigas parecem húngaras, desse país profundo, cinzento e frio
No dia em que Portugal perder os complexos, começará a vestir-se mais garrido, falará alto nos transportes como os espanhóis e perderá essa necessidade de compostura impingida sabe-se lá por quem - quiçá pela professora primária da nossa avó, boazinha mas conservadora e reaccionária que continua deixar o seu marco na educação do país.

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segunda-feira, janeiro 22, 2007

Quando se chega a velho...

- Quere pãoooooooo!!!!!!!!!!!!

- Cala-te tu cabrão de merda! Vou aí e levas nos cornos !!!!!!!

(...)




Conversa entre dois idosos @ Lar José Filipe Fialho, Lagos

terça-feira, janeiro 16, 2007

Semvergonhice Disney

Cuidado mães e pais deste país. A Disney está vendendo pornografia e satanismo para nossas crianças dissimulado em filmes como a Pequena Sereia, Pocahantas, etc.... Senão vejam o que este senhor pastor tem para dizer sobre o assunto.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Flashes

Duas fotos que estavam há algum tempo em arquivo para colocar aqui.
Uma feita numa loja de chineses ("A cada produto roubado, paga-se o dobro" - o aviso é lindo. Tremam! Tremam, meliantes!!!)

















A outra, enviada pela Ritukaa, mostra o quanto os nossos vizinhos/hermanos espanhóis andam a pisar o risco (quer dizer, agora é mais italianos, que a ChupaChups já foi vendida...). Então é assim: "Chupar relaja". Em bom português, "Chupar relaxa" ou "Chupar descontrai". Tudo à conta de extractos de plantas. A imagem fala por si.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Nem sei...


Como é que é possível alguém ter o desejo de conhecer e CANTAR (ou tentar) com essa sujeitinha?



Grave... MUITO GRAVE!

sábado, janeiro 06, 2007

Com o pé esquerdo ???

"Tive um sonho muito bonito com uma Santinha que me disse para entrar no Ano Novo com o pé esquerdo..."


Luciana Abreu

quinta-feira, janeiro 04, 2007

O poder do marketing ou a vaidade de ter um objecto?


Com a entrega do IRS ainda longe, a pergunta “o que se passa aqui” surge mal vimos a fila de gente que, nos últimos dias, tem estado à porta do n.º 12 da Rua Garrett. É verdade! Parecem pedintes que aguardam a sua vez de entrada na “Sopa dos Pobres”.

Mas não. Não pode ser! Estamos em plena Baixa lisboeta, as pessoas têm “bom ar”, vestem roupa confortável e parecem tomar banho diariamente. Portanto… não são pessoas que fazem da rua a sua casa. Então, quem são? A segunda ideia que me surge é de que são pessoas que (des)esperam para comprar uma máquina Nespresso ou as respectivas cápsulas de café.

A terceira ideia é de que ali está a “nata da nata” da sociedade portuguesa - o target da Nespresso são as classes A e B . Mas não! As pessoas que ali estão são parecidas comigo. Não vestem Prada ou Armani, Chanel ou muito menos LV ou Hermés.

Então quem são? Aspirantes à classe A ou B? Pessoas que não resistiram ao charme do George Clooney – rosto da marca – e que, por isso, querem ter em casa uma máquina de café igual(?) à do cromo? Indivíduos que gostam realmente de café? Que estão dispostos a aguardar longos minutos por um objecto que os obriga a ficar fiéis e dependentes de uma só marca? Ou será que apenas pretendem mostrar aos "amigos lá de casa" que são pessoas que têm status (entenda-se poder de compra. Sim é que alcançar o break-even deste investimento leva algum tempo, além de que têm de tomar durante uns meses sempre, sempre, cafezinho feito em casa)?

Ajudem-me a perceber este fenómeno! É que nunca vi portugueses, prestes a desembolsar entre 160 a 1000 euros, aguardarem em fila indiana tão ordeiros, tão calados, tão… tão pacíficos, a sua vez para serem atendidos.

terça-feira, janeiro 02, 2007

É a loucuga!

Muda um dia, um mês e um ano no calendário e chegam sempre coisas estranhas:
- No Iraque, um "julgamento justo" enrolou uma corda à volta do pescoço de um ditador e fez-lhe desaparecer o chão por debaixo dos pés. Sob o alcance moral de um outro ditador, que durante anos fez da pena de morte uma prática corriqueira no seu Texas de cowboys e virilidade - de 1995 a 2001, 149 condenados viram o fim dos dias às suas mãos. De justiceiro, diz ele...
- Na província chinesa de Zhejiang, as autoridades queimaram cerca de uma centena de pares de sapatos em pele de marcas espanholas e italianas. Trussardi, Hugo Boss, Boomerang, Strada, Dolce & Gabbana e Clarks. Motivo? Falta de qualidade, dizem os chineses, que inspeccionaram várias remessas de calçado europeu e decidiram que os artigos, vendidos no mercado local como bens de luxo, não atingiam a fasquia - exigente! - das autoridades. Sim, aposto que aqueles sapatos a 12,5 euros que vi no outro dia ali na montra da Rua do Sacramento têm muito mais qualidade que qualquer D&G ou Callaghan...
- Em Portugal, a praia da Torreira, em Murtosa, foi o local escolhido por 50 populares para o primeiro mergulho do ano... contra o encerramento das urgências do Hospital Visconde de Salreu, em Estarreja. A história está no JN e mostra como a fronteira entre trabalho e conhaque está cada vez menos distinta.

É a loucuga! (um aparte: adoro ouvir esta frase)

A caixa que mudou o mundo

Antes de "recolher" para dobrar o ano fui ao cinema. "BABEL" tocou-me e deixou-me a pensar que afinal há Homens com todas as letras; Que não chegam os desejos de "Um Ano Novo cheio de paz" para mudar o mundo. É necessário muito mais. Muito mais para que, por exemplo, no continente africano as Crianças ou Adolescentes possam ser Crianças ou Adolescentes; para que a política deixe de ser show e passe a estar ao serviço do cidadão; para que os americanos percam um pouco das peneiras que têm. Em resumo: para que o mundo perceba que nos cinco continentes há só uma espécie: a Humana.

Já a alguns quilómetros de Lisboa dei por mim a ver televisão mais do que o habitual. E, não sei se por ser final de Ano, se porque habitualmente não vejo muito os 4 “canais abertos”, percebi que a caixa que mudou o mundo está repetitiva e grotesca.

Para além das habituais n telenovelas e concursos(?), os canais 1 e 3 teimaram em repetir durante a tarde do dia 1 de Janeiro os programas que passaram na noite anterior. A 4 optou por filmes, mas no intervalo brindou o telespectador com anúncios ridículos de n.ºs de telefone – 4004, 3456, 3222, … - onde se pode obter o toque xpto, a música abcd, o jogo pqrs, o vídeo xyz, e sei lá mais o quê para o telemóvel.

No meio de tanta “ditadura”, o canal 2 fazia a diferença!

Sejam felizes em 2007!