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...que a vida continua!

terça-feira, novembro 25, 2008

Chá de jasmim

Sempre me intrigou o que se passaria no subsolo do Martim Moniz. E foram vários os dias em que, uma vez descida a Calçado do Carmo, optei por apanhar o metro naquelas paragens assim para o exótico. Sem que nunca tivesse tido a coragem de romper por aquele corredor, ali bem à minha direita, no sábado aconteceu!

Aconteceu e os aromas, os cheiros, os sons misturaram-me na minha inocência. Uma pureza de rapariga que cresceu no campo , mas que sente a falta do Chiado do mesmo modo que sente a falta do cheiro da terra e do fumo das chaminés.

Por entre jindungos, mandiocas, bananas, cocos, acafrão, pacotes de cuscus o cheiro de caril - condimento que detesto, mas que ali, no seu estado bruto, até me lavou as narinas e desentupiu os alvéolos - é o que ressalta num ambiente de encontro de civilizações.

De chineses a tailandeses, de indianos a goeses, de moçambicanos a angolanos, de caboverdianos a portugueses, não esquendo os ciganos – que nunca sei a que patria os atribuir – e os imigrantes de Leste, no Centro Comercial do Martim Moniz o “banho” é de cheiros e de tolerância.

Mas… pasta de caril vermelha não havia!

Nada como partir à descoberta. E não é que descobrimos?

Descobrimos que afinal a explicação para a rapidez com que somos atendidos nos restaurantes chineses poderá estar no facto de haver latinhas – qual feijão cozido da Compal – com cada um dos ingredientes que compõem o chop-suey de gambas ou a família feliz. E até as hóstias de camarão, daquelas com que somos recebidos cada vez que a opção para jantar é "restaurante chinês", também lá estão em saquinhos.

Ah! Também por lá vi os crepes, o pão chinês e o gelado frito tudo prontinho para ser cozinhado. Isto sem falar nos pitéus acabadinhos de cozinhar e ainda quentinhos que uma chinesa me garantiu serem "muito bonos".

Quanto a compras?

Entre outras coisas umas mini rodelas às cores que uma vez na frigideira crescem , crescem, crescem e viram hóstias de camarão. Esta última parte estou a relatar.

Por mim… comprei uma caixinha azul esverdeada de chá e jasmim.

Não sei porquê, mas desde que o bebi pela primeira vez – já lá vão uns anitos – entranhei o sabor e o cheiro. As bulas dizem que este chá é a bebida mais popular entre as pessoas mais velhas na Ilha de Okinawa. Tendo em conta que ali existe a maior concentração de velhotes com mais de cem anos de idade… Estou no bom caminho.

Mas porque os cheiros e o sons levam para outras paragens, o almoço foi com sabor a Áustria e o café com Clooney como pano de fundo.

E digam lá que em Lisboa não se faz turismo! ;)

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1 Comments:

  • At 9:07 da manhã, Anonymous Anónimo said…

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